segunda-feira, 7 de março de 2011

Haja mofo!

Meus caros e minhas caras,

Nunca mais umas letrinhas por aqui, hein? Falta de tempo.
Estou envolvida num trabalho interessante, mas bem diferente do que costumava fazer nos meus tempos de agência. Aqui em Lund existe um jornal de distribuição gratuita, o Lokaltidningen, com edição local em mais de 30 cidades no país. Em novembro do ano passado fui chamada pra ser a redatora responsável pelo mais novo produto do jornal: o encarte publicitário LUNDICITY. Missão: entrevistar os lojistas do centro da cidade, fotografar e a partir daí escrever artigos pra o encarte, que mais tem ar de revista.
Entrei em contato com um amigo brasileiro super talentoso que também mora em Lund, o Leo Bafica. Um diretor de arte com ideias afiadíssimas e que, assim como eu, já gosta de umas campanhas com conceitos quentes. Apresentei a proposta e fiz o convite pra ele fazer o projeto gráfico do encarte. Sucesso! O LUNDICITY já está pra lançar a sua sexta edição e tem sido referência pela cara moderna e pelo tom irreverente dos seus textos.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dá pra fazer varejão de bom gosto?

No Brasil, temos as Lojas Americanas. Aqui na Suécia, temos a Rusta. A proposta de negócio é a mesma: vender de tudo (de eletrodomésticos a roupas íntimas, maquiagens e livros) por um preço camarada.

Ótimo, entendido, agora vamos partir pra publicidade, a alma do negócio (clichê mais batido não existe). Vamos fazer um VT bem varejão, ou seja, tem que ser chocante: a locução masculina tem que berrar, cada preço ou informação tem que vir num "splash" bem coloridão e tem que ter fogo, chamas, por trás dos produtos. Certo? N-ÖO! Erradíssimo, meu caro!
(Não estou dizendo que assim é o VT das Lojas Americanas, mas assim é a grande maioria dos comerciais pra clientes varejistas.)

Comercial pra varejo também requer um trabalho elaborado de conceituação, independente da classe pra qual você está se dirigindo. O que separa a classe A da classe D é a conta bancária e não a inteligência emocional. Nas classes C e D também existem pessoas que choram, riem, sofrem, têm medo, têm curiosidade, alimentam-se de desejos e emoções. Portanto, tirem os "splashes", coloquem uma locução decente, uma trilha bonita e valorizem os produtos promocionais sem precisar incendiar a tela. Assim você não apenas valoriza a inteligência do público-alvo em questão, mas também posiciona e fortalece a imagem de qualidade que a empresa quer mostrar no mercado.

Aí vai o VT mais recente da Rusta, divulgando a promoção da vez: tapetes e carpetes. Tão simples e tão bonito.


Agência: Bark Stockholm


 







segunda-feira, 23 de agosto de 2010

She Creatives of Sweden



Procurei, procurei, procurei e encontrei. 
Agora faço parte do "She Creatives of Sweden", um fórum que reúne mulheres atuando nas mais diversas áreas criativas: fotografia, filme, direção de arte, redação publicitária, programação de web, edição e publicação de livros, enfim. 
Na lista de discussão trocamos informações sobre emprego, negociação de custos com clientes, dicas de sites, cursos e palestras interessantes, e o que mais vier à tona.

www.shecreatives.se

P.S.: O site é todo em sueco, mas o Google Translate pode te dar um help: http://translate.google.com/#sv|pt|


domingo, 22 de agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Tipografias dançantes


Belo trabalho do designer espanhol Román Cortés.
http://www.romancortes.com/ficheros/dancing-typography.html

sábado, 26 de junho de 2010

Quebra-padrões



Cenário: rua tranqüila, muitas casas com parquinho infantil no jardim e motoristas que insistem em dirigir em alta velocidade. Como chamar a atenção deles para que tenham cautela e observem a presença de crianças na área?

Colocar quebra-molas é, certamente, a primeira forma de alertá-los. Funciona? Nem sempre. Já vi motorista acelerar fundo e passar pelo quebra-molas como se o carro tivesse asas. É preciso um apelo mais forte.

Placa de sinalização indicando passagem de crianças em determinados trechos. Funciona? Às vezes. Se passou ali e não precisou parar pois nunca viu ninguém brincando, então vale continuar acelerando. Algo mais efetivo, por favor.

Espalhar brinquedos no gramado do jardim, já bem perto da calçada ou da rua. Funciona? Bem melhor que as opções acima. Se você está no volante e de longe vê uma bola, uns carrinhos e/ou uma boneca perto da rua, significa que ali, em algum lugar, tem criança brincando.

Essa é a maneira que os suecos encontraram de avisar aos motoristas que tenham cuidado com suas crianças. Uma ideia muito simples, mas interessante e pra lá de criativa. Vale testar!


segunda-feira, 21 de junho de 2010

A trilha

Um bom comercial de TV é aquele que não sai da memória. Ou tem um roteiro que é coisa de cinema, ou tem uma produção que transforma um budget minimalista no milagre da multiplicação ou tem uma trilha sonora que simplesmente fascina.
Uma trilha bem escolhida pode ser a identidade de toda uma campanha. É ela que vai fazer você lembrar da marca e, ainda, associá-la a um sentimento ou a uma sensação – alegria, saudade, ódio, fome, sono, paixão, dor, enfim...
Na minha lista de comerciais favoritos, dois se destacam exatamente pela boa escolha da trilha: o filme da Saab com a música "Release me", da banda sueca Oh Laura, e o do Sony Bravia, com a música "Heartbeats", de Jose Gonzalez.