sábado, 12 de junho de 2010

Uma nova tendência: estúdio de freelancers



O mercado publicitário sueco vem mudando a sua cara. As agências grandes são ainda as que detêm contas importantes e as que contratam os profissionais mais talentosos. As médias e pequenas disputam pelas empresas recém-criadas e/ou pra atender às comunas. Normalmente o cenário é assim: grandes agências têm uma completa equipe formada por muitos diretores de arte, redatores, planejadores, gerentes de projeto, arte-finalistas e produtores. E quando eu digo muito, acredite, são cerca de 20 diretores de arte e uns 10 redatores, como na Forsman & Bodenfors, uma das maiores agências do país. A criação nas médias e pequenas é composta por no máximo três a quatro diretores de arte e, se muito, dois redatores. Em algumas o redator simplesmente não existe, nesse caso ele é contratado por fora pra assumir projetos de acordo com a demanda.
Então existem no mercado centenas de profissionais de criação fora de agência. Como sobrevivem? Dá pra se manter como freelancer sem ser contratado? Depende: se você tem uma lista com no mínimo dez clientes diretos de pequeno ou médio porte que dão trabalho todo mês, sim, dá pra viver bem. Ou então faça como os criativos mais criativos: junte-se a outras mentes pensantes pra criar um estúdio de freelancers.
Aqui em Lund mesmo tem um chamado Södra Esplanaden, formado por uma profissional de RP, uma ilustradora, dois diretores de arte, um redator, dois jornalistas e um desenvolvedor web. Cada um tem sua empresa registrada, mas todos trabalham sob o mesmo teto, num espaço que funciona como estúdio de criação, galeria de arte e ponto de encontro de artistas. A ideia é juntar talentos que gerem intercâmbio e parceria de trabalhos entre si. Pra algumas agências, esses estúdios são fortes concorrentes no mercado. Pra outras, são parceiros ideais, excelente forma de escolher a dedo diferentes profissionais que se encaixam em diferentes projetos sem a preocupação de vínculo empregatício.
A minha ambição é exatamente essa: registrar a minha empresa e aliar-me a um desses estúdios. Estar num ambiente que me inspire e que me dê liberdade de criar pra quem eu quiser e com quem eu quiser. E que me dê a possibilidade de envolver profissionais nos meus projetos e de me ver envolvida nos projetos dos colegas de estúdio. O mercado precisa desse ar renovador. E eu preciso desse tipo de desafio.





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